A Fibra Óptica é atualmente o meio de transição de dados mais eficiente, que proporciona benefícios como: alta qualidade de sinal, velocidade e capacidade de tráfego de informações. A Fibra Óptica no Brasil vem sendo largamente utilizada em diversos setores e, principalmente, em sistemas de telecomunicações. Mas você sabe como funciona o processo de fabricação da Fibra Óptica?
O processo de fabricação
Para começar, o filamento de Fibra Óptica é feito por meio do processamento da matéria bruta, mais conhecida como Preforma e é constituída pela mais pura sílica de vidro. Esse processamento é realizado na torre de puxamento aonde a Preforma é colocada no topo e, ao passar pelo forno com temperatura controlada em aproximadamente 2000°C sua ponta é derretida e, assim se inicia o processo conhecido como puxamento da fibra. A barra derretida se afunila pela ação da gravidade, esticando e se transformando em um fio fino, passando por uma série de moldes sobre esteiras rolantes e medições a laser, que garantem a espessura final desejada.
Com as dimensões adequadas, a fibra passa por um processo de aplicação de camadas envoltórias protetoras, sendo uma camada interna suave e outra camada externa rígida, provendo proteção mecânica adequada à fibra. No final do processo, a fibra passa pelo processo de cura e medições por laser para garantir a espessura de 125 microns de diâmetro, para assim ser acomodada em um carretel (clique na imagem ao lado para ampliá-la).
As fibras ópticas mais usadas em sistemas de telecomunicações são as fabricadas de sílica pura ou dopada, pois apresentam as melhores características de transmissão.
A Fibra Óptica possui uma grande capacidade e velocidade de transmissão de dados em longas distâncias, além de ser flexíveis e possuírem um diâmetro menor do que um fio de cabelo. Vamos conhecer mais sobre a estrutura da fibra óptica a seguir:
Núcleo: área por onde a luz é transmitida.
Casca: cobertura que envolve o núcleo, possui índice de refração diferente do núcleo.
Revestimento Primário: ao redor da casca temos um revestimento que proporciona resistência mecânica à fibra.
Como a luz é transmitida na fibra óptica?
A luz é transmitida pelo núcleo da Fibra Óptica e, devido as diferenças nos índices de refração entre a casca e o núcleo, conhecido como reflexão total interna, a luz permanece trafegando em seu eixo de incidência, permanecendo no núcleo.
A luz viaja através da fibra em uma sucessão de reflexões internas, em ziguezague até chegar a outra extremidade. Há modelos de Fibras Ópticas que reduzem ou praticamente eliminam este ziguezague da luz em seu núcleo, o que proporciona uma maior velocidade na transmissão e menor perda de sinal. Saiba mais sobre os modelos de Fibra Óptica a seguir:
Fibra Monomodo (Single Mode – SM) –possui um menor diâmetro do núcleo, em torno de 9 microns. Possibilita a operação de transmissão de luz em comprimentos de onda entre 1310nm a 1650nm. Nesse modelo de fibra a luz trafega pelo núcleo de forma linear, tendo menor atenuação e, consequentemente, menor perda de sinal. Atualmente, são as fibras mais utilizadas para redes externas e FTTX.
Fibra Multimodo (Multimode – MM) – possui um núcleo com diâmetro maior, em torno de 50 ou 62,5 microns. Possibilita operação de transmissão de luz em comprimentos de onda de 850nm ou 1300nm. Neste modelo a luz trafega pelo núcleo em zigue-zague. Utilizado em redes LAN de curtas distâncias.
A ZTT Cable e a Fibra Óptica
Desde meados dos anos 90, a ZTT atua no mercado de Comunicação de Fibra Óptica e é especializada no desenvolvimento e fabricação das fibras. Possui capacidade de fabricação anual de 18 milhões de quilômetros, oferecendo excelência e qualidade no produto ou serviço.
Dentro dos modelos de Fibra Óptica existentes, a ZTT Cable tem os seguintes modelos em seu portfólio:
SM G.652D (Zero pico d’agua – LWP) – mais usual no mercado de Telecom, com ampla utilização nas redes externas. Por meio de processos industriais de produção que diminuem ou eliminam o efeito “pico d’água”, permite que a faixa de comprimento de onda de 1400nm seja utilizada para tráfego de sistemas ópticos com baixa atenuação, o que possibilita a utilização em toda a faixa de comprimento de onda, desde 1310nm até 1625nm, faixas nas quais os equipamentos CWDM atuam.
SM G.655 (Dispersão deslocada não nula – NZD) – pouco utilizada, sendo mais indicado para redes de longa distância em sistema de DWDM. Concebida para corrigir a limitação da fibra comum na janela de 1550 nm. Para obter esta redução do fator de dispersão cromática, o núcleo da fibra foi alterado para ter menor diâmetro.
SM G.657A2 (Baixa sensibilidade a curvatura) – utilizada para acesso ao assinante em redes de FTTH, a fibra possui características de baixo nível de atenuação por dobras, sendo compatível com a G.652D.
Para garantir a máxima qualidade de seus produtos, a ZTT realiza a testagem em 100% de suas fibras ópticas.
Cabos Ópticos – ZTT Cable Brasil
Atualmente, a ZTT possui 8 modelos de cabos ópticos em seu portfólio com as mais variadas estruturas. Esta variação e diferenciação entre os cabos se dá à necessidade de cada aplicação, que pode ser aérea, subterrânea, urbana, rural, entre outras.
Vale lembrar que, no Brasil, os equipamentos usados em redes de telecomunicações devem ser homologados pela ANATEL (Agência Nacional de Telefonia). Todos os produtos comercializados pela ZTT Cable Brasil têm certificado de homologação da ANATEL, que assegura os requisitos básicos de segurança e não agressão ao meio ambiente, garantindo qualidade, compatibilidade, operação integrada e interconexão às redes de telecomunicações.
Fontes: how stuff works; Teleco
Última atualização em 05/08/2021.